Roadtrip na Irlanda: roteiro com o melhor da Ilha Esmeralda

10.08.2016

Quem aí também é do grupo de viajantes que ama road trip? A autonomia em decidir que hora sair, o que visitar, quanto tempo ficar e onde parar é um caminho sem volta. Rs
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Isso não é foto de revista não tá? Fui euzinho o fotógrafo! Rs

Carinhosamente chamada de Ilha Esmeralda, a Irlanda é um país pequeno, com estradas seguras e bem sinalizadas, o que torna a viagem de carro ainda mais convidativa. Quem me acompanha a mais tempo aqui, no Instagram ou no Youtube já deve visto outras viagens de carro como por Kysna e Cape Town, na Africa do Sul, pelo norte de Israel e na Irlanda não seria diferente. Saí do Brasil com duas viagens programadas: uma para a Irlanda do Norte e outra pela República da Irlanda. Ambas passando por pontos de interesse famosos no país. Foi um desafio e tanto montar esse roteiro com todos os horários, deslocamento e tempo disponível, mas no fim saiu muito melhor do que o programado.
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Incluindo a Irlanda do Norte rodamos um total de 1850km.

Carro na Irlanda

Se você estiver pensando em viajar pela Irlanda de carro, não deixe de ler esse artigo, para ficar por dentro de todas as regras de transito, pedágios e estacionamento no país. Para critério de curiosidade, pagamos €135 (valor 2016) por 7 diárias e um seguro estendido para a Irlanda do Norte (por ser outro país). Vale lembrar que a direção por aqui é no lado oposto ao que estamos acostumados e as estradas são na mão inglesa. Rs  No mais as estradas são boas, apesar de as vezes ficarem bem estreitas.

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Dê um limite de velocidade para essa estrada nos comentários…  Duvido que alguém ache normal 80 km/h! rs

O roteiro

Programamos sair de Dublin as 4 da manhã, chegando no castelo de Kylemore Abbey assim que estivesse abrindo. Ao longo do caminho fizemos algumas paradas, principalmente quando avistávamos algo parecido com um castelo. Rs A primeira delas foi em Athlone, cerca de 120km de Dublin, onde as únicas pessoas nas ruas eram aquelas que estavam voltando da balada, super alteradas por sinal. hahah

Sim, isso também é real! Juro!

Outra parada que não estava no meu roteiro, mas que eu aconselharia adicionar ao de vocês é o Cong Abbey. Datada do século 13, essa igreja histórica é tida como exemplo da arquitetura eclesiástica medieval na Irlanda
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E a curiosidade de passar por uma porta dessa e não entrar? Rs

De cara achávamos que era um castelo, mas não demorou muito para perceber que se tratava de um cemitério e que possivelmente aquelas ruínas haviam sido uma igreja. Só pesquisando depois é que descobri o que realmente era e sua importância arquitetônica e histórica. Cliquem nas fotos para visualiza-las em tamanho real 
Seguimos viagem rumo ao nosso destino parando em absolutamente tudo que chamasse nossa atenção. Síndrome do turista empolgado, sabe?! Rs
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E tem como não parar?

Cerca de 5 horas depois que havíamos deixado Dublin estávamos finalmente chegando no Kylemore Abbey. A medida que nos aproximamos, vamos ficando mais impressionados com a beleza daquele lugar.
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Essa vista é do estacionamento! E não tem nenhum tipo de edição!!!! NADA!

Para visitar Kylemore Abbey e seus quase 53 mil metros quadrados é preciso comprar ingresso, no valor de €13 (valor de 2016), que garante acesso a alguns cômodos do castelo, aos jardins, a mini catedral gótica e a casa dos trabalhadores. Ficamos por umas 3 horas rodando toda área do castelo, que ganhou um post próprio que pode ser lido clicando aqui.
 Almoçamos em Kylemore e seguimos viagem pela costa. Dirigi por cerca de uma hora, passando por pequenos vilarejos até que começa a surgir, bem de longe, algo que lembra uma praia. A medida que nos aproximamos, a água que de longe era azul começa a se tornar cristalina!
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Inacreditável né?

Me perguntei diversas se realmente estava na Irlanda. Acho que se não fosse o vento frio, passaria tranquilamente pelo Caribe. Assim passamos por Mannin Bay e Dog’s Bay, ambas praias de revista de viagem.

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Três horas de viagem nos distanciavam da última parada do dia: o Cliffs Of Moher. Cruzamos cidades e vilarejos, incluindo a cidade em que dormiríamos: Galway! Dirigi, comemos, rimos, ouvimos música, paramos, rimos mais uma vez, a Cris dormiu, acordou, dormiu de novo e então estávamos chegando. Rs Chegamos ao parque por volta de 6h30 pm, faltando 1 hora para o parque fechar. O que na verdade não ia mudar muita coisa, uma vez que temos livre acesso aos Cliffs, mas o ingresso custa €6 e inclui o estacionamento e o acesso ao centro de interpretação. O centro de Interpretação, assim como a Torre O’Brien (paga a parte) estavam fechando.
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Os Cliffs são surreais! Com quase 200 metros de altura em algumas partes e oito quilômetros de extensão, esses precipícios são mais um daqueles momentos em que a Mãe Natureza nos mostra seu poder, magnitude e beleza. Os Cliffs também ganharam um post próprio cheio de dicas, que você pode ler clicando aqui.
Mesmo com o chuvisco que insistia em cair, ficamos ali admirando os Cliff por cerca de 2 horas até voltar para o carro e destroçar um sanduíche em silêncio, até olharmos um para o outro e dizer: “cacete, o que foi isso?”. Seguimos em silêncio por um certo período até voltar do estado de transe.
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No caminho até Galway, surpresas como essa.

Apesar do cansaço e sono começarem a dar sinais, tínhamos que seguir viagem até Galway, onde passaríamos a noite. Se estivesse programando essa viagem hoje, eu ficaria hospedado em Doolin, que é a cidade mais próxima dos Cliffs e de onde partem os passeios de barco, que dizem ser iraaaaado! #DicaDoDoug
Em Galway, ficamos hospedados no charmoso e acolhedor  Galway City Hostel, dica que peguei no PartiuMundo.com.
Super bem localizado e ao lado de vários pubs e restaurantes, esse pub foi um achado. Pagamos €25,00 por pessoa num quarto compartilhado com 5 e café da manhã incluso. Só lamento termos chegado tão cansados, pois não aproveitamos nada da noite de Galway, assim como as áreas comuns do hotel. Foi a primeira vez que dividi quarto e confesso que foi tranquilo. O quarto era enorme, roupa de cama limpa, colchão confortável e equipado com uma espécie de armário individual, por isso não esqueça seu próprio cadeado. Todas as camas são equipadas com sua própria luz de leitura e carregador. Os banheiros também são grandes e com duchas bem fortes.

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O café da manhã também segue a linha do hostel: simples, organizado e fresh. Pães, queijo, presunto, cereais, iogurte, suco, chá, café e leite faziam parte da mesa. Além disso, 2 computadores estão a disposição com impressão gratuita. Ah e a wifi funciona bem pra caramba em todos os cômodos.
 Acabou que não tivemos tempo de usufruir das áreas comuns e noites de bebedeira, mas pela experiência do café da manhã, eu diria que a vida por lá é bem animada e friendly. Conhecemos inclusive uma brasileira que está de intercâmbio pela cidade, que nos disse estar amando viver lá. Deixamos o hostel em Galway por volta de 9 da manhã, com destino final Dublin, mas até lá algumas paradas como a cidade de Birr.

Birr parece ter saído da mesma revista que Dog’s Bay, parecendo tudo em miniatura. Ou quase tudo já que o castelo de Birr rouba a cena por estar literalmente no meio da cidade! Paramos e tentamos visitar o castelo, mas as visitas só acontecem de forma guiada e os ingressos estavam esgotados para aquela manhã. 🙁 De qualquer forma o tour dura 45 min e custa €18 (valores 2016).

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Devido as mudanças climáticas, a foto na frente do castelo foi cancelada! hahaha

Antes de seguir viagem, resolvemos parar em uma lojinha a beira da estrada para pedir água. Para quem não sabe, na Irlanda a água da torneira é potável e é muito comum pessoas pedirem nos estabelecimentos para encherem suas garrafas. E foi o que eu fiz. Entrei em uma das lojinhas, segui até o caixa quando uma senhorinha de cabelos brancos como neve me perguntou o que eu queria, e atendeu ao meu pedido sem nem pestanejar. Enquanto ela enchia minha garrafa, eu trocava ideia com outra senhora que ali estava. Ela me perguntou o que achei daqueles pães ali expostos, se pareciam bonitos. Respondi que sim e então perguntei se eram de sabores diferentes, pois pareciam ser. Ela respondeu que sim eram diferentes, colocando alguns em uma sacola. Quando a senhora que foi encher minha garrafa voltou, elas me deram a garrafa e a sacola de pães. Eu fiquei super sem graça, falei que não precisava e que inclusive estava sem dinheiro ali comigo,  mas ela franzindo a testa me respondeu: “É um presente pra você! O melhor pagamento que eu posso ter é você experimentar esses pães que fiz com minhas mãos!!”. Com o coração explodindo de fofura voltei ao carro, contei para Cris o que havia acontecido e então descobrimos que elas tinham nos dado 3 pães gigantes. Um ao leite, outro com chia e outro com uvas passas!
Seguimos por mais uma hora até chegarmos em um destino super especial para os amantes de Game Of Thrones: Rock of CashelPara quem não está reconhecendo ou não assistiu a série, Rock of Cashel é nada mais nada menos que o Casterly Rock, o castelo ancestral sede da Casa Lannister. Mas antes de desbravar esse cenário de Game Of Thrones, uma pausa para o almoço.
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Reconhecem esse cenário?

Almoçamos no Rock House, ali aos arredores do castelo mesmo. Comida deliciosa, sobremesa divina e um atendimento super! Almoço rolando as mil maravilhas, até que começa a cair O dilúvio! #CoisasDaIrlanda Rs Detalhe que a chuva não parou mais, apenas ficou alternando entre chuvisco e temporal, atrapalhando bastante a nossa visita. 🙁

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De toda forma, o castelo é fabuloso e tem partes que estão perfeitamente preservadas! É uma viagem entre os séculos!!!! Detalhe que a torre do castelo é a construção mais antiga e grandiosa em Cashel, datando de 1100 e com 28 metros de altura.
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A Capela do Rei Cormac é outro lugar impressionante. De 1134, é  lindíssima e super sofisticada!!!
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Impressionante né? Eu falei…

A visita foi sensacional, apesar da chuva que nos acompanhou até o próximo destino, a cidade de Kilkenny. Localizada a 1 hora de Cashel, Kilkenny já foi a capital medieval da Irlanda, fama que atrai turistas do mundo inteiro ansiosos para ver mais dessa essência medieval.
A cidade é muito charmosa e ainda carrega muitas características medievais nas suas ruas, construções, fachadas, igrejas… Isso sem falar no castelo/fortaleza com imensos jardins abertos ao público bem no meio da cidade.
Essa cidade deve ser parada obrigatória quando você for para a Irlanda!
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Até hoje não sei dizer qual é o mais bonito. Se é que dá pra classificar!

Caminhando sem rumo pela cidade encontramos a St. Mary’s Cathedral, uma catedral gótica incrivelmente linda!!!!
Para fechar com chave de ouro, passamos em um posto, pegamos um café e seguimos estrada até Dublin com direito a arco íris e tudo mais ❤️
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E aí? O que acharam dessa road trip? Dá para aproveitar bastante a Ilha Esmeralda né?! Só não esqueçam de contratar um seguro viagem de boa abrangência – tenho 15% de desconto para vocês, basta clicar aqui -, ser muito feliz e me acompanhar no youtube também! 😛
Um beijo,
Doug Pelo Mundo.

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  1. Olana

    Amei!

  2. Eliane

    Doug acabei de chegar de Dublin. Como você, fiquei apaixonada e com vontade de voltar pq a sensação de quero mais é grande. Fui em Malahide, cidade linda com o jardim mais lindo q já vi na minha vida. Fui tb em Howth e Winterfell….palco de cenas de Game of Thrones. Dublin foi um espetáculo a parte. Enfim, tive uma surpresa mais q agradável e já penso em voltar. Parabéns pelo seu post. Abraços!!

    • doug

      Oi Eliane! Fico tão feliz em ler isso sabia!? Já tem previsão de volta!? A Irlanda é um país incrível para viajar. Tem destinos e construções belíssimas, além de um povo super acolhedor e gentil (quando quer. Rs). Você já viu meu canal no youtube? Lá tem alguns destinos da Ilha Esmeralda, além de vários outros no mundo. Sugiro dar uma passadinha por lá também e se inscrever no canal 😛 http://www.youtube.com/dougpelomundo bjão.