Todos aqueles que já haviam experienciado a caça a aurora boreal me falaram a mesma coisa: “pode ser perrengue, mas é uma das coisas mais lindas que já vi”. Acreditando nisso aí e sem querer desperdiçar a oportunidade de estar em um dos países mais propícios para autoral boreal, marcamos nosso passeio. Mesmo com um pouco de medo, já que não sabíamos como seria o tamanho do “perrengue” e se o Lucca suportaria. Mesmo assim, fomos. Rs
Tinha nevado o dia inteiro e isso não era um bom sinal, já que para podermos ver a aurora boreal, o céu precisa estar limpo e uma noite calma. Eu também fiquei acompanhando as porcentagens pelo app e tudo me desanimava ainda mais… A tarde fui no escritório da Safartica pra confirmar se o passeio ia rolar e eles me disseram: mas é claro, até a noite tudo pode mudar. Ok né? A esperança é a última que morre mesmo…
Chegamos no escritório na hora marcada para esperar nosso transfer, nos vestimos e ficamos lá sentadinhos só aguardando e tomando chá para aquecer o coração. Hahahah
Assim que entramos no busão, o guia falou que a possibilidade de vermos era pequena, quase nula. Naquele momento parecia que eu estava pelado do lado de fora do ônibus, com alguém me molhando com água de lago congelado. Juro que quase chorei de frustração. Maaaas, acreditando no meu pé quente (sim, sou muito sortudo), falei pro guia que eu era um cara de sorte e aquilo iria mudar. Ele só faltou rir da minha cara. ????
Rodamos por uns 30 minutos, dividiram o ônibus em duas equipes e seguimos caminhando mata a dentro, até chegar em uma cabana (daquelas usadas por índio, sabe?) de frente para um lago congelado. A única luz que tínhamos era da lanterna do guia.
Uma vez que todos estavam acomodados, ele ascendeu a fogueira e começou a preparar alguns petiscos e chás, contando histórias, fatos e mitos sobre a aurora boreal. A todo momento ele checava no celular e em uma parada que ele tinha (uma espécie de bússola (?)), e nos preparava dizendo que poderia ou não acontecer aquela noite, mas que as chances estavam aumentando…
O frio era descomunal, num completo breu e o silêncio do lado de fora era admirável!
Comemos, bebemos, rimos, aguardamos…
Volta e meia o guia ia do lado de fora dar uma espiada e checava a porcentagem no celular. Nessas idas e vindas, ele veio pra mim e disse: é, acho que você é um cara de sorte mesmo. As chances aumentaram muito!!! Nem preciso dizer que eu já queira dar um mergulho no lago, de tanta emoção né? Rs
Desse momento em diante, o céu começou a ficar cada vez mais limpo, as estrelas começaram a brilhar como eu nunca havia visto, a noite começou a ficar incrivelmente linda, até que de repente: BOOOM!
Uma nuvem branca começou a invadir o céu, só em um ponto. Então o guia perguntou se alguém tinha câmera profissional para poder checar se aquilo era mesmo aurora boreal, ou apenas nuvens, porque como estava muito fraca, só assim teríamos certeza.
Na hora em que liguei minha câmera no modo noturno já deu pra ver que toda aquela fumaça branca que víamos a olho nu era sim a tão esperada aurora boreal. Dali em diante a fumaça começou a ficar mais intensa, brincando no céu e volta e meia a ficar verde a ponto de conseguirmos ver a olho nu. Sem câmera. Brincando… umas rajadas verdes e brancas pairavam no ar…
Na câmera, víamos perfeitamente aquele fenômeno mais que incrível!!! É uma loucura você pensar que aquilo ali que está acontecendo é uma reação a partir de algo que o sol manda pra Terra (plasma solar) que em contato com a camada de proteção da Terra (magnetofesra) é atraído para os polos Sul e Norte, criando uma reação química e física e resultando nas luzes…. O mundo e a mãe natureza em sua totalidade… Perfeito demais!
O guia explicou que existem várias intensidades, e aquela que estava acontecendo era a mais fraca de todas. Quanto mais forte, mais cores e mais visível a olho nu é. A verde é o primeiro estágio, depois vem o amarelo, o roxo e aí o lilás… Mas para isso acontecer, dependemos do sol e da quantidade de plasma solar que ele manda pra Terra! 😛 #DougCientista hahah
Eu e o Be ficamos do lado de fora da barraca, admirando o céu que estava limpo e lindo como nunca havíamos visto enquanto a aurora boreal acontecia a nossa frente. Foi lindo, mágico, único.
Depois de comer (ainda mais), tomar outro chá e conversar mais um pouco com o guia sobre aquele espetacular fenômeno , era hora de voltar ao busao e seguir de volta pra casa.
Realizado, porém com vontade de ver mais. Na noite seguinte (natal) estava ainda mais forte, algo que eles só haviam visto há 15 anos, mas todos os passeios estavam lotados e não conseguimos ir. ????
Mas tá bom, já sei como é a experiência de caça a essa lindeza e que vale MUITO a pena, agora é só procurar outro lugar e ir de novo… Ouvi Noruega? Hahaha
Um beijo,
Doug Pelo Mundo.
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