Pra quem vem acompanhando essa viagem desde o início sabe que vim do Egito, cruzando a pé fronteira entre Taba (Egito) – Eilat (Israel), cidade onde fiquei alguns dias antes de cruzar para Jordânia, também a pé. Caso tenha perdido essa parte, basta clicar aqui para ler ou aqui para assistir. ☺️
Bem, depois de 3 noites na linda Eilat, era hora de cruzar para a Jordânia e continuar minhas aventuras em Petra. Segundo a recepcionista do hostel, a fronteira funcionava 24 horas por dia, 7 dias por semana. Como não tinha idéia como seria o transporte até Petra, resolvi ir as 5am para chegar no lado jordaniano logo ao amanhecer e seguir para meu novo destino.
Acordei cedão, peguei um taxi no centro de Eilat e paguei, com muita dor no coração, 40 Shekels para chegar na fronteira e descobrir que NÃO ERA 24 HORAS! 😡 O horário de funcionamento da fronteira Yitzhak Rabin Border Terminal é de 6:30 am até 00:00. Imaginem a minha felicidade. Como eu não tinha outra opção, fiquei ali humilhado no banquinho esperando dar o horário para então cruzar.
Vale lembrar que existem 3 postos de fronteira terrestre entre os dois países, mas, na prática, o mais conveniente é o Yitzhak Rabin Border Crossing/Fronteira Sul, que fica pertinho do Mar Vermelho, entre as cidades de Eilat (Israel) e Aqaba (Jordânia).
Pontualmente as 6:30 da manhã eles abriram e iniciaram os serviços a todo vapor. Logo já na primeira porta pediram o passaporte, perguntaram nome completo e me pediram para seguir. Fui para um segundo controle de passaporte onde paguei (sim, é preciso pagar para sair de Israel) 102 shekels (+/- 120 reais).
Esse mesmo guichê funciona como casa de câmbio, então já aproveitei o embalo para comprar 100 dinars (moeda da Jordânia) e paguei 126 euros por isso. Nesse momento já tive um pequeno infarto. Quando eu imaginaria que a moeda da Jordânia era mais cara que o euro?! JAMAIS
Transação finalizada – e lágrimas escorrendo -, peguei meu recibo e fui pro próximo guichê pegar o visto de saída, que agora era um papelzinho rosa – para saber mais sobre o visto de Israel, clique aqui.
Mais uma vez perguntaram meu nome completo, data de nascimento, conferiram tudo e me mandaram seguir.
Segui as placas que sinalizavam Jordânia até que passei o último portão de Israel, onde conferiram – pela quinquagésima vez – meu passaporte, agora com ambos os papéis (azul e rosa) e perguntaram meu nome completo e data de nascimento. Sim, chega a ser chato essa perguntação toda, maaaaas…
A essa altura do campeonato eu já tinha feito duas amigas alemãs e atravessávamos juntos a “terra de ninguém” (um pedaço de terra entre Israel e Jordânia que não pertence a nenhum dos países). Alguns metros de caminhada e chegávamos a fronteira do lado jordaniano.
A diferença entre Israel e Jordânia, assim como entre Israel e Egito, também é gritante. Os oficiais fumavam dentro das cabines, conversava entre si e pareciam pouco se importar com a nossa presença. Passei a mochila pelo raio X, entreguei meu passaporte para um deles e então recebi um formulário para ser preenchido.
Nós brasileiros não precisamos de visto para entrar na Jordânia, basta preencher esse formulário e passar pela “entrevista” do oficial. A entrevista durou cerca de 3 minutos, o oficial perguntou quantas noites eu ficaria na Jordânia, preencheu outro formulário, carimbou meu passaporte e ambos os formulários e foi isso.
Lembre-se de guardar o formulário e caso visite Petra, peça para carimbarem no momento em que comprar o ingresso (e também guarde o ingresso). Isso é importante pois influenciará nas taxas a serem pagas no momento de partida do país. Sim, também existem taxas para deixar a Jordânia e os valores são:
Resumo da ópera? Fique 3 noites na Jordânia, visite Petra e seja isento das taxas!
Feito o controle de passaporte e raio X, seguimos para a saída e já nos deparamos com uma placa ENORME com valores de corridas e vááááários taxis sedentos por clientes. Havia lido que os taxistas não seguiam muito aquela tabela e que colocavam várias taxas na hora do pagamento, por isso, antes mesmo de embarcar confirmamos o valor 892 vezes com o motorista.
Ele nos cobrou 50 JOD da fronteira a Petra, uma viagem de 150 km que dura em média 2:30 e que foi pura adrenalina. Não digo isso por conta da estrada, que é ótima apesar de ter algumas curvas perigosas, mas sim porque o motorista veio literalmente pescando (dormindo). Fiz de tudo para mantê-lo acordado, embora estivesse caindo de sono também. Pedi para parar em um posto, comprei cafe, snacks e engatei no meu arcaico árabe para manter aquele homem com os olhos abertos e deu certo. Chegamos inteiros em Petra, onde fui direto para o hotel deixar minhas malas e explorar a cidade perdida. Mas isso fica para um próximo capítulo que já pode ser acompanhado no youtube, basta clicar aqui. 😉
Também li que existe um ônibus que parte do centro de Aqaba (cidade da fronteira) para Petra, mas como era muito cedo e estávamos em 3 (eu e minhas amigas alemãs) decidimos ir de taxi de uma vez. Usei o busão só na volta, mas aí é um outro post. 😜
Um beijo,
Doug Pelo Mundo
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