Depois da visita a Mevlana, continuamos a viagem por mais 5 horas até finalmente chegar em Pamukkale.
Ficamos hospedados no PAM Thermal Hotel. Um hotel de termas maaaaaaravilhoso localizado em uma colina, cercado por pinheiros e jardins.
O hotel conta com spa, piscina ao ar livre aquecida e fontes termais de travertino iguais as de Pamukkale que visitaríamos no outro dia, com água de poderes curativos. Uma pena estar tão frio (-1), a ponto de não termos coragem de entrar nas piscinas e fontes. Fico imaginando esse hotel num dia de verão ou primavera, deve ser fantástico!
Os quartos eram simples mas confortáveis o suficiente para termos uma bela e tranquila noite de sono.
Depois de acomodados, fomos para o jantar. Um buffet gigantesco nos aguardava. Carne, frango, peixe, saladas, sopas… De tudo um tinha. Rs Comemos até estourar e fomos dormir, afinal de contas no outro dia tínhamos que estar de pé cedinho para uma das visitas mais fascinantes da viagem: o castelo de algodão de Pamukkale e a cidade de Hierápolis.
As 6 da manhã levantamos, tomamos um belo café e seguimos de busão até Pamukkale. Ainda estava escuro quando chegamos e a medida que Çinem explicava o que iríamos ver, o sol começava a apontar. Chegamos assim cedo para termos tempo de admirar e curtir Pamukkale e Hierápolis sem muitos turistas, já que o lugar costuma receber centenas de visitantes ao longo do dia.
Logo na entrada os arcos da cidade de Hierápolis, cujo significado é “Cidade Sagrada”. Está a 376 metros no alto de uma colina e foi construída no século II a.C., como centro curativo que chegou a receber visitas ilustres como a Cleópatra e Júlio Cesar.
A cidade de Hierápolis juntamente com Pamukkale, são protegidos como Patrimônio Mundial pela UNESCO. As ruínas se estendem por vários quilômetros ao redor de Pamukkale e é necessário passar por elas para chegar nos “castelos de algodão”. É literalmente caminhar sob a história. A entrada custa 35 liras turcas.
Tá Doug e o que são esses “castelos de algodão”? Pamukkale significa “castelos de algodão” e são um conjunto de piscinas termais de origem calcaria dispostas em uma montanha de mais de 200 metros de altura, branca como a neve, chegando a doer os olhos.
A temperatura da água de 35º C, altamente mineralizada é indicada para doenças nervosas, de pele, circulação, dores musculares, exaustão física e problemas do coração, por isso a importância de Hierápolis para a sociedade daquela época.
Como era inverno, grande parte das piscinas estavam vazias e podíamos entrar em apenas um “córrego” com água termal, mas que pra isso deveríamos tirar nossos sapatos, meias e erguer a calça.
Confesso que isso foi um pouco aterrorizante no começo, já que a friaca de -3 nos deixava meio apreensivos enquanto a colocar ou não os pés na agua. Rs.
Mas depois que entramos tudo passou e a vontade era de ficar ali por horas e mais horas. Ô aguinha boaaaaa e quente! Eles tem controle da água e podem abrir e fechar o sistema quando bem entendem, por isso fazem rodizio nas piscinas, para mante-las preservadas. Isso gera alguns comentários de que as piscinas estariam secando ou coisas do tipo, mas não. A única preocupação é mesmo em preservar da centena de turistas que visitam o local diariamente.
Em dias de verão é possível se banhar em algumas piscinas especificas, criadas propriamente para banho, pois descobriram que a tinta das roupas e de cabelo tingido estavam escurecendo o branco que reveste a montanha. Por esse mesmo motivo é que tínhamos de ir descalços, embora existissem alguns engraçadinhos que insistissem em pisar calçados, levando bons e altos esporros dos guardas e seguranças… #SempreTemUm
Não existem palavras para descrever o espetáculo deslumbrante que é Pamukkale. É de ficar horas admirando essa vista! Dizem que o por do sol daqui é espetacular, mas dessa vez ficamos apenas com o nascer, que já foi inacreditável! O pôr do sol deixo para vocês conferirem e me contarem como é. Saí dai com a lente da câmera congelada e as mãos parando de funcionar, louco atras de uma água quente para fazer voltar a circulação!!!
Seguimos para um café, que estava fechado, mas onde encontramos a Piscina da Cleópatra. Uma piscina de água corrente que dizem ter sido construído a mando da Rainha do Egito, que acreditava no poder curativo e rejuvenescedor daquela água. Também estava fechada por conta do frio intenso mas mesmo assim dava para ver o vapor saindo da água, deixando uma vontade imensa de estar lá mergulhando e ficando quentinho! Rs. Aproveitei dessa água quente para fazer minhas mãos voltarem a funcionar.
Depois da câmera e minhas mãos voltarem ao funcionamento normal, seguimos para um rolê em Hierápolis até o Teatro da cidade, a construção mais conservada dentre todas as ruínas.
Talvez impactante seja a palavra que melhor defina esse teatro. Com capacidade para 20.000 pessoas, o impressionante teatro parece não ter sofrido com o tempo, nem com o terremoto que assolou Hierápolis.
Lá do topo do teatro podemos ter uma idéia melhor do que era Hierápolis. Fundada no século 2, pelo rei Eumenes II e Pérgamo, Hierápolis era procura desde os tempos mais remotos por gente do mundo todo.
Isso se dá por conta das propriedades curativas dessa água rica em cálcio, montando lá um verdadeiro centro de saúde. Havia mais de 15 banhos e piscinas, com algumas partes reservadas para o imperador e para uso cerimonial.
Hierápolis perdeu as características do período grego e transformou-se em uma típica vila romana depois de um terremoto no ano 60, durante o reinado do imperador Nero. Quando reconstruída, suas características mudaram, embora ainda seja fácil encontrar resquícios gregos.
Terra de Apolo e da Deusa Artemis, Hierápolis e Pamukkale são lugares realmente impressionantes e mágicos! Vale a pena a visita e passar todo o frio, ou calor, que for necessário. Rs Queria ter mais tempo e menos frio para explorar cada canto dessa cidade incrível, mas infelizmente já era hora de ir embora para seguir viagem até Kusadasi, onde visitaríamos a casa da Virgem Maria, a cidade de Efeso e onde descasaríamos nossos corpos cansados. Rs – Vale lembrar que essa – e outras – trip também pode ser acompanhada no YouTube, basta clicar aqui.
Um beijo,
Doug Pelo Mundo.
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